domingo, 22 de janeiro de 2017

Trump

Como entregar o Nobel da Paz ao Obama, meses depois dele ser presidente, fez que oito anos depois ninguém lho daria por certo, pode ser que "entregar" o Trump a Nobel da Ignomínia ao fim de 10 segundos faça com que ele não o mereça daqui a 4 anos. Mas 4 não queremos esperar 8.

Ainda sobre o Trump mas noutro registo: já imaginaram o que seria uma manifestação nos EUA contra a nossa solução política (conhecida como Geringonça) e o que diriam os manifestantes de hoje (Marisa Matias e afins) sobre esses manifestantes?

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A Mistificação: 
Adoro a leveza com que tudo isto é tratado.E comparando com o que era completamente diferente. Após uma bancarrota iminente foi necessário fazer cortes, passados 5 anos a situação é bem diferente (mas porque esses cortes foram feitos). Aparecer agora a tudo restituir como se tal fosse uma questão de vontade e não consequência das alterações no estado do país não é demagogia ou politiquice, é pura mistificação.

http://expresso.sapo.pt/revista-de-imprensa/2016-12-27-Esquerda-vai-reivindicar-mais-dias-de-ferias-e-mais-um-feriado-em-2017

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lesados do BES abdicam. Lesados do país pagam impostos.

Abdicar daquilo que arriscaram. Assim vale a pena. Taxas de 2% quem não as tem.

"Os lesados disponibilizaram-se a abdicar de grande parte do que reclamam (199 milhões de euros). Os créditos ascendem a 485 milhões de euros [incluindo juros] e estão dispostos a receber 286 milhões de euros", afirmou na segunda-feira o advogado e amigo do primeiro-ministro, Diogo Lacerda Machado…”


Idiota que não concorda...

Palavras para quê! É um deputado da nação a justificar porque não respeita os regulamentos… feitos pela Assembleia:

Pedro Bacelar Vasconcelos ainda se indignou mais: “Se há qualquer idiota que não concorda com a atribuição do prémio, que recorra. Isto não foi decidido por uma qualquer comissão, foi decidido por deputados da comissão de Assuntos Constitucionais“.

(os prémios não estão sujeitos a recurso).


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Eleições 2015

a pensar no debate de ontem. Parece claro que Costa ganhou. Não porque a sua proposta seja melhor ou pior. Porque fez passar a sua mensagem. Ninguém, já convicto do seu voto, vai mudar de ideias por causa de um debate/entrevista. O objectivo são os indecisos. E os indecisos são muitos como se pode ver pelas últimas sondagens.
E a razão da indesição é fácil de compreender.
Por um lado temos alguém que nos diz que vai continuar pelo mesmo caminho que, apesar de apresentar agora alguns resultados, foi estremamente penoso para a maioria dos portugueses. É essa a proposta de Passos. Alicerçada na viragem feita em 2014, na não caída na espiral recessiva ou num novo resgate, em desempego galopante e outros cenários que se nos puseram e que aconteceram. por exemplo, na Grécia. Neste cenário acreditam cerca de 1/3 dos votantes (mas apenas 1/6 dos inquiridos). E assim vão (vamos) continuar. É uma opção claramente penosa porque vai sempre ter crescimentos anémicos, impostos altos e uma muito lenta reforma do estado. Mas é um caminho conhecido. Por isso os números de quem acredita no programa em si ser bem maior do que os que dizem votar na coligação.
Outro terço acredita que é possível fazer diferente. Crescer rápidamente, baixar impostos, não cortar em tudo e mais alguma coisa. É a proposta de Costa e é aliciante. E foi isso que ele ontem consegui transmitir. É claramente uma opção de risco, em que o fantasma da bancarrota recente está sempre presente. Daí o não ter tanta adesão como seria expectável.
Finalmente existe outro terço dos votantes que sabendo que inevitavelmente serão um dos dois (Costa ou Passos) a ganhar, opta por votar no controle/protesto da futura governação. CDU, BE, Livre e afins não podendo governar irão tentar influenciar medidas uma a uma, tal como o têm feito e com resultados razoáveis (aprovação de medidas ditas fracturantes). Mas a sombra da Grécia nunca deixará os crescer muito mais. No poder seriam uma incerteza enorme.
E por isso tantos indecisos. Nenhumas das três opções é boa. Existirá para cada um uma menos má.
Costa conseguiu ontem passar melhor a sua ilusão que Passos a sua inevitabilidade.
Aguardemos as próximas cenas, mas recordemos que me 2009 o cenário foi semelhante. Alguém propunha um caminho penoso, outro um caminho glorioso. Ganhou o segundo, perdemos todos nós.